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Tributação Internacional: Big Techs, Trump e Brasil – O Custo de 50% na Importação de Tecnologia

Em um cenário geopolítico cada vez mais complexo, as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas a países que “atacam” as Big Techs norte-americanas, ecoam com particular força no Brasil.

Essa discussão, que ganhou destaque em entrevista concedida por Lisandro Vieira, especialista em tributação internacional e CEO da WTM, à CNN Money Brasil em 27 de agosto de 2025, com a condução de Victor Irajá, nos leva a uma análise mais profunda: como a complexidade da tributação internacional no Brasil, especialmente na importação de serviços e software, se entrelaça com essas tensões globais e quais os riscos para as empresas brasileiras?

Lisandro Vieira oferece uma perspectiva estratégica e pragmática sobre os desafios e as implicações fiscais para as empresas de tecnologia no Brasil, destacando a importância da conformidade tributária na importação de serviços.

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Entrevista de Lisandro Vieira a CNN Money Brasil, em 27 de agosto de 2025.

 

Entendendo a Origem da Tensão: Onde Reside a “Dor” Americana?

A retórica de Trump, embora não cite nominalmente o Brasil, insere-se em um contexto mais amplo de proteção dos interesses econômicos americanos. Lisandro Vieira esclarece que a principal “dor” dos Estados Unidos, especialmente no que tange a esse tipo de ameaça, reside no setor de tecnologia.

CNN Money Brasil, Entrevista Lisandro Vieira:

“A ‘dor’ mais forte para os Estados Unidos, contudo, está no setor de tecnologia, onde eles são superavitários. É a área em que possuem um superávit muito positivo, e por isso, tenderão a brigar com unhas e dentes para proteger seu setor.”

Essa perspectiva é fundamental. Diferente da guerra comercial com a China, impulsionada por um déficit na balança comercial de bens, a relação com o Brasil apresenta um superávit americano em bens. A preocupação, portanto, volta-se para a área onde os EUA detêm uma vantagem competitiva e econômica significativa: a tecnologia.

O Brasil é um Alvo Concreto? Regulação vs. Tributação Internacional

A complexidade da situação brasileira reside na necessidade de diferenciar dois campos de ação: a regulação e responsabilização por conteúdos e publicações de empresas de tecnologia, e as medidas de Tributação Internacional. O Brasil tem se posicionado em ambos. A forma como o Brasil lida com a tributação internacional de serviços digitais é um ponto crucial nessa análise.

Recentemente, o país acompanhou a reinterpretação do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que responsabiliza Big Techs por publicações e autoriza a retirada de conteúdo sem decisão judicial. Além disso, há manifestações do presidente Lula defendendo um ambiente mais regulado para as redes sociais.

No entanto, Lisandro Vieira pondera que, do ponto de vista tributário, o Brasil ainda não tomou uma medida retaliatória específica e direta contra os EUA.

CNN Money Brasil, Entrevista Lisandro Vieira:

“Não está claro, Victor, que o Brasil seja um alvo concreto e objetivo. Precisamos separar o posicionamento do Brasil em duas áreas distintas: a regulação e responsabilização por conteúdos e publicações de empresas de tecnologia (americanas ou não), e as medidas tributárias.”

Apesar disso, decisões administrativas recentes, como o aumento do IOF para 3,5% sobre serviços, podem ser interpretadas como um sinal. Embora não seja exclusivo para os Estados Unidos, o impacto recai majoritariamente sobre as empresas americanas, dado que o Brasil importa a maior parte de sua tecnologia e serviços dos EUA.

O Impacto da Tributação Brasileira: IOF e CIDE

A discussão sobre o IOF é um ponto sensível. Atualmente, empresas brasileiras que pagam por serviços como cloud, inteligência artificial e outras ferramentas tecnológicas do exterior arcam com um IOF de 3,5%.

Mas a questão vai além. A validação da CIDE de 10% sobre remessas, uma decisão recente do STF, adiciona uma camada de complexidade. Embora seja um tributo constitucional e não diretamente direcionado aos EUA, seu efeito prático é significativo.

CNN Money Brasil, Entrevista Lisandro Vieira:

“O que me preocupa, Victor – e, novamente, não é algo objetivo contra os EUA –, é que tivemos decisões recentes, inclusive no âmbito do STF, como a validação da CIDE de 10% sobre remessas. Este é um tributo constitucional, e sua cobrança, na prática, faz com que quase todos os pagamentos pelo uso de tecnologia sofram uma tributação de 10%.”

Isso significa que, para cada dólar pago em tecnologia e ferramentas do exterior, as empresas brasileiras têm um custo adicional de 10% somente de CIDE, que se soma aos outros tributos já incidentes, elevando o custo total da importação de serviços e software. E, como os Estados Unidos são o maior fornecedor de tecnologia para o Brasil, o impacto é sentido indiretamente por gigantes como Apple e Netflix, que veem seus serviços se tornarem mais caros e menos competitivos no mercado brasileiro, podendo enfrentar reveses judiciais e financeiros consideráveis no país devido à complexidade tributária local.

A Intensificação da Fiscalização e os Riscos da Tributação Internacional para Empresas Brasileiras

Em um mundo cada vez mais digital e interconectado, a expansão global das empresas traz consigo uma complexidade tributária significativa, especialmente no âmbito da Tributação Internacional, para as empresas brasileiras que pagam por serviços e software do exterior. E com a Receita Federal intensificando a fiscalização sobre esses pagamentos, a conformidade tributária na importação de serviços requer uma atenção que hoje não recebe de parte das empresas.

A Vigilância Crescente da Receita Federal

A “Autorregularização Incentivada de Tributos” pela Receita Federal é um claro indicativo de que o governo está aumentando sua vigilância sobre a arrecadação tributária. As operações de importação de serviços não ficaram de fora dos planos da RFB, que inclui 3 dos 6 tributos devidos na aquisição de serviços do exterior no plano anual de 2024.

Esses tributos terão seu recolhimento e declaração fiscalizados junto às empresas que fazem algum tipo de remessa ou pagamento ao exterior via câmbio de serviços ou cartão de crédito internacional. A Receita Federal divulgou este planejamento, destacando ações de fiscalização direcionadas ao recolhimento de tributos como a CIDE-Remessas ao Exterior, PIS-Importação e COFINS-Importação.

Para saber mais clique aqui e Baixe o Relatório Anual de Fiscalização completo.

Riscos e Penalidades do Não Cumprimento

A falta de conhecimento sobre a necessidade de recolher tributos em serviços importados, especialmente no contexto da Tributação Internacional, coloca muitas empresas em risco significativo. A multa por não recolhimento dos tributos pode variar de 75% a 300%, caso a Receita detecte má-fé do contribuinte. Quando as empresas se a

A Importância da Gestão Eficiente para a Conformidade

Com as regras em constante mudança e a Receita Federal adotando uma postura mais rigorosa, é vital que as empresas mantenham um processo robusto para gerenciar suas obrigações fiscais e de Tributação Internacional, e contem com ferramentas para calcular os tributos devidos corretamente.

Além disso, a variação de cenários e classificações fiscais distintas, tais como SaaS (Software as a Service), Licenças de Uso de Software, desenvolvimento customizado de software e outras variações, dificultam a definição de quais são os tributos e valores a serem pagos em cada caso. Utilizar a ferramenta adequada pode evitar erros, penalidades e recolhimentos indevidos na Tributação Internacional.

Os 6 Principais Tributos na Importação de Serviços e Software

A importação de serviços e software está sujeita a até 6 tributos, são eles:

  • IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte): Geralmente o tributo mais significativo, com alíquotas que podem chegar a 25% para pagamentos a países considerados paraísos fiscais.
  • CIDE-Remessas ao Exterior: Incide sobre pagamentos relacionados à aquisição de tecnologia e serviços técnicos, com uma alíquota de 10%.
  • PIS-Importação e COFINS-Importação: Aplicam-se sobre o valor da importação e são calculados com alíquotas de 1,65% e 7,6%, respectivamente.
  • IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): Cobrado em operações de câmbio, a alíquota vigente na data de publicação deste artigo é de 3,5%.
  • ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza): Dependendo do município, as alíquotas variam de 2% a 5%.

Descubra a importância dessas obrigações no artigo: Entenda os 6 tributos incidentes na importação de serviços, software e outros intangíveis.

A Importância do Mercado Brasileiro para as Big Techs

Apesar das tensões, o Brasil representa um mercado de valor inegável para as Big Techs. Com milhões de usuários em plataformas como WhatsApp (147 milhões), Facebook (102 milhões) e Instagram (mais de 140 milhões), e um consumo crescente de IA (140 milhões de prompts diários), o brasileiro é um “early adopter” e um cliente valioso.

CNN Money Brasil, Entrevista Lisandro Vieira:

“O brasileiro é um ‘early adopter’, o que nos torna um mercado e um cliente importante para as empresas americanas… Não somos um mercado irrelevante.”

As Big Techs americanas, com seu poder de influência em Washington, têm um interesse estratégico em manter o acesso ao mercado brasileiro. Um rompimento total é considerado pouco provável, pois seria uma medida extremada em um cenário muito adverso.

Desescalada: Um Caminho Necessário e a Urgência da Conformidade na Tributação Internacional

A análise de Lisandro Vieira aponta para uma provável desescalada das tensões no curto e médio prazo. A interdependência tecnológica e o valor do mercado brasileiro para as Big Techs são fatores que pesam na balança. Para as empresas brasileiras, a mensagem é clara: é fundamental acompanhar de perto esses desenvolvimentos, entender os riscos tributários e regulatórios inerentes à tributação internacional, e buscar parceiros estratégicos que possam auxiliar na atuação segura nesse complexo cenário global. A gestão eficiente de suas operações de importação de serviços e tecnologia em um ambiente de incertezas exige uma visão estratégica e adaptabilidade.
É nesse cenário de complexidade e fiscalização crescente que a conformidade tributária se torna não apenas uma obrigação, mas um diferencial competitivo. Proteger sua empresa de multas e prejuízos, garantindo a correta apuração e recolhimento de tributos, é essencial para a sustentabilidade e o crescimento no mercado tech B2B, especialmente quando se trata da tributação internacional.

Importax: Sua Solução para a Conformidade Tributária na Importação de Serviços e Software

Para ajudar as empresas a manter a conformidade tributária na importação de serviços e software e a navegar com segurança neste cenário, a WTM desenvolveu o Importax, uma ferramenta robusta e integrada que simplifica a gestão fiscal de suas operações internacionais. O Importax monitora transações, ajuda na correta classificação fiscal e automatiza processos críticos:

  • Minimize a complexidade: Solução robusta e integrada para facilitar sua gestão operacional e garantir a conformidade tributária.
  • Cadastro Simplificado: Agilize o registro de empresas e fornecedores.
  • Cálculo Preciso de Tributos: Calcule de forma exata as obrigações fiscais e tributárias incidentes na contratação de serviços, incluindo os 6 tributos essenciais da tributação internacional.
  • Emissão de DARFs Automatizada: Emita suas DARFs de forma prática e rápida, reduzindo a margem de erros e garantindo o compliance fiscal.
  • Personalização de Parâmetros Fiscais: Adapte os parâmetros fiscais de acordo com a legislação de cada país com facilidade e precisão.
  • Configuração de Cenários Tributários: Configure diferentes ambientes tributários e adapte-se rapidamente a possíveis mudanças fiscais.
  • Integração e Automação: Receba informações automaticamente do cartão de crédito corporativo via Open Finance, bem como de operações de câmbio, para calcular os tributos devidos e emitir os DARFs sem atrasos, evitando a incidência de juros e multa.

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Conclusão: Proteja Seu Negócio e Impulsione o Crescimento

A complexidade tributária na importação de serviços e a intensificação da fiscalização da Receita Federal são desafios reais para as empresas brasileiras. Não espere por uma notificação para buscar a regularização. A conformidade tributária na importação de serviços e software é um pilar fundamental para a segurança, integridade e credibilidade do seu negócio.

Garanta a conformidade na Tributação Internacional e proteja sua empresa de riscos e prejuízos.
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Assista à entrevista completa abaixo:


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