São vários os lados da moeda quando se trata de atuar com tecnologia para empresas do exterior. É importante se atentar aos prós e contras para ver se essa conta terá saldo positivo.
Em um mundo tecnológico, há cada vez mais a necessidade de profissionais altamente capacitados, onde os grandes talentos são muito disputados, mas acabam optando pela remuneração em moedas estrangeiras que, aparentemente, são mais vantajosas.
O Brasil é um país com excelentes profissionais na área de inovação e tecnologia, mas nem sempre a sua colocação nacional vale a pena quando comparado aos salários oferecidos por empresas do exterior.
A dificuldade para desenvolver tecnologias de ponta, como as muitas bolsas científicas que estão diminuindo em nosso país, além dos baixos salários têm levado os brasileiros de TI a ficar cada vez mais atraídos por oportunidades no exterior, principalmente as oportunidades no modelo home office.
Exportando Inovação
Mesmo o Brasil qualificando a mão de obra na área de tecnologia, com todos os atrativos das empresas de fora, essa fuga de cérebros brasileiros acontece mais do que se imagina e isso impacta diretamente nas empresas nacionais e há um risco grande do Brasil passar por uma escassez de profissionais na área.
De acordo com o TIC (Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil) vai ser preciso contratar 70 mil pessoas por ano até 2024 para dar conta da demanda, mas, como só forma 46 mil a cada ano, há um déficit crescente desses profissionais, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (BRASSCOM).
O outro lado da moeda
Mas há um ponto que estes profissionais não se atentam, apesar de sabermos que há talentos raros e formados no Brasil que vão embora por falta de oportunidades, contribuindo para o desenvolvimento e a solução de problemas de outros países, isso nem sempre traz benefícios próprios, onde os altos salários muitas vezes não condizem com a realidade do país, ou para quem trabalha home office, vem acompanhados de obrigações tributárias não esperadas, resultando em grandes descontos nos seus ganhos.
Vantagens:
– Salários mais altos, principalmente se for modelo home office, pois convertendo a moeda, a remuneração se torna bem melhor;
– Experiências com tecnologia de fora;
– Oportunidades de experienciar culturas diferenciadas;
– Alocação por projeto.
Desvantagens:
– Instabilidade;
– Problemas com tributações quando o salário ultrapassar o valor do MEI;
– Adaptação cultural;
– Dificuldade de evoluir no plano de carreira;
– Complexidade no entendimento das demandas.
Então, vale a pena aceitar propostas para trabalhar na área de tecnologia no exterior?
Para responder a essa questão, é preciso analisar algumas questões.
O que acontece na grande maioria dos casos, é que a empresa estrangeira pede ao funcionário para abrir um MEI (Micro Empreendedor Individual), uma forma de contratação onde o funcionário tem uma mensalidade de R$65,60 e um limite de recebimento de R$130 mil reais anual e, caso ultrapasse esse valor, terá que trocar para outra categoria de empresa, aumentando consideravelmente suas tributações, mas isso ninguém orienta ao prestador de serviços, pois, com uma remuneração maior, as obrigações aumentam e os riscos também.
Por isso, a importância de se conhecer as regras tributárias de exportação e importação de serviços e tecnologias, sem esquecer que há grandes chances de desenvolvimento profissional no Brasil nesta área, o ponto é encontrar a empresa certa na hora certa.
A WTM International possui uma equipe capacitada para auxiliar em todas as questões relacionadas ao uso da inteligência tributária, devido à sua vasta experiência com empresas e profissionais que possuem grandes transações financeiras internacionais. Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente.
Fontes: Época Negócios; Exame; O Globo